Esta
é uma notícia que me agrada muito!! Já que acrecenta à lista das razões pelas
quais os filhos dos emigrantes não devem deixar de aprender a língua
portuguesa.
Português é
a língua da moda e do emprego na China.
Português já é a segunda nota mais alta de entrada em algumas universidades
chinesas. Dentro de cinco anos, depois dos países Lusófonos, será
a China quem mais fala português.
Nos últimos "cinco ou
seis anos a explosão do ensino do
português na China foi fantástica" disse ao Expresso o Professor
Carlos Ascenso André, um dos oradores no painel "Ensino da Língua
Portuguesa na China", um dos temas em debate na 2ª Conferência Internacional
"Língua Portuguesa no Sistema Mundial", que hoje terminou em Lisboa.
O Professor Carlos Ascenso
André da Universidade de Coimbra mudou-se para Macau em 2012, para dirigir o
Centro Pedagógico e Científico de Língua Portuguesa do Instituto Politécnico de
Macau. Aí chegado, decidiu meter a 'mão na massa' e fazer um levantamento sobre
o ensino de português na China.
Apurou
que num intervalo de cinco anos "passámos de seis ou sete universidades
para 28 instituições onde 1350 estudantes aprendem português, essencialmente ao
nível da licenciatura".
"Há mais de 100 docentes
a leccionar português no Ensino Superior. É um corpo muito jovem, 65% dos
professores são chineses e têm problemas de formação", explica Carlos André.
Os outros 35% são docentes de nacionalidade portuguesa ou brasileira.
Português abre portas nas empresas, jornalismo e
diplomacia
"A China olha para o
longo prazo. Ao perceber que havia mudanças na geopolítica começou a apostar no
ensino do português, porque tem muita população jovem", disse ao Expresso,
Ana Paula Laborinho, presidente do Instituto Camões.
Carlos André confirma a
"ideia de que aprender português é uma garantia de empregabilidade. Os
estudantes chineses acham que lhes abre portas no jornalismo, na diplomacia e
nas empresas".
Portugal não pode assegurar
sozinho a formação dos professores que ensinam português nas universidades
chinesas: "precisa de parcerias locais", diz Carlos André. "As
instituições universitárias portuguesas também não podem cair no equívoco de
julgar que resolvem sozinhas esta questão", acrescenta.
Na opinião de Ana Paula
Laborinho, Macau "tem importância como base" de trabalho.
Mas Carlos André estende o
alerta de prevenção de equívocos às instituições do território "onde o
dinheiro não é problema. "A Universidade de Macau, o Politécnico de Macau
e o Instituto Português do Oriente têm de trabalhar em conjunto" para
responder ao desafio do ensino do português na China.
Dentro
de cinco anos, "teremos mais de cinco mil universistários chineses a
aprender português. Nalgumas universidades o português já é a segunda nota mais
alta de entrada".
Cidades chinesas onde há universidades que leccionam portuguêsLer mais: http://expresso.sapo.pt/portugues-e-a-lingua-da-moda-e-do-emprego-na-china=f838497#ixzz2jfhZA65a