sábado, 9 de novembro de 2013

Inspira-te: Portuguesa premiada pela NASA...

O CPI congratula a investigadora portuguesa Angela Abreu pela sua recente distinção a nivel internacional.
A notícia chegou-nos no dia 6 de Novembro pela edição online da Sic noticias e hoje divulgamos aqui no blogue do CPI.
Continuação de bom trabalho Angela!

Uma investigadora da Universidade do Minho foi premiada pela Agência Aeroespacial Norte-Americana (NASA) e pela Agência Espacial Europeia por desenvolver um método "inovador e eficiente" de produção de hidrogénio "100% biológico" que pode ser utilizado para gerar eletricidade.


Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, a Universidade do Minho (UMinho) informa que Angela Abreu foi distinguida com a Melhor Apresentação Oral do "Workshop Internacional sobre Ambiente e Energias Alternativas", que decorreu num dos polos da ESA, em Frascati, Itália, com o trabalho "Biohydrogen production using bionanocoatings for immobilizing highly efficient hydrogen-producing bacteria". 
A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica da Univ. Minho, ganhou ainda uma bolsa "travel grant" da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. 
 
"Os processos de produção de hidrogénio são sobretudo feitos a partir de combustíveis fósseis. O nosso processo é inovador por recorrer a resíduos orgânicos e a efluentes, ou seja, é 100% biológico", explica Angela Abreu.  
Segundo aquela cientista, "este bio-hidrogénio é um vetor energético que pode depois ser usado em células de combustível para produção de eletricidade, entre outras aplicações". 
A UMinho explica ainda que o processo desenvolvido pela equipa de Angela Abreu, que conta com a colaboração da Universidade da Carolina do Norte (EUA) e o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, "utiliza bactérias altamente eficientes, que conseguem decompor os resíduos orgânicos e, desta forma, produzir bio-hidrogénio". 
Segundo explica, "uma grande mais-valia do projeto é a imobilização das bactérias nos reatores através de um revestimento de látex com nanoporos que permite a troca da matéria orgânica e do hidrogénio".  
Angela Abreu é licenciada em Engenharia Ambiental e dos Recursos Naturais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, com mestrado em Tecnologias Ambientais e o doutoramento em Engenharia Química e Biológica pela UMinho, em colaboração com a Universidade Técnica da Dinamarca.   
Atualmente é investigadora de pós-doutoramento no grupo BRIDGE do Centro de Engenharia Biológica da UMinho.