Pois é, prometi voltar e aqui estou desta vez para vos
contar os procedimentos gerais necessários para a integração das crianças na
escola pela primeira vez, neste caso na pré-escola ou Year R- Reception como
aqui no Reino Unido é conhecido.
Como já tinha publicado no meu post anterior, aqui no
Reino Unido a escolaridade obrigatória inicia-se aos 5 anos. Mas o meu filho começou a
“pré” aos 4 porque, de acordo com a lei Inglesa, aqui as crianças que completam o seu 4º
aniversário até inícios de Setembro têm de integrar a pré-escola mais cedo.
Depois das peripécias de tentar arranjar três escolas na
minha área de residência, sim temos de fazer a difícil selecção de três escolhas
possíveis para que, no caso de não poderem ficar na nossa primeira opção, ficarem na segunda ou terceira consoante haja vaga, percebi que escolher uma escola adequada tem o que se lhe diga
e com isso quase que reviramos meio mundo. São precisas pesquisas e muitas
leituras para seleccionar a escolinha certa para os nossos filhos. Para isso é
sempre importante ler o relatório das próprias escolas e consultar a OFSTED, a organização que trata de toda a informação
necessária para a divulgação da política interna de cada escolas
O passo seguinte é fazer a inscrição no site do Council da sua área de residência. Eles vão solicitar que faça a inscrição online ou
caso prefira pode solicitar que lhe enviem a inscrição por correio e depois de
preenchida envia novamente para eles, a recepção da aplicação é-lhe
informado por carta. Depois é aguardar alguns mesinhos, 3 meses mais coisa
menos coisa, para saber em que escola o seu filho ficou colocado.
O meu piolho, por acaso, não ficou na minha primeira opção,
muito em parte por causa da distância. Eles no acto de selecção da escola,
procuram sempre colocar as crianças o mais perto possível de casa, porque são
muitas as crianças que fazem todos os dias a caminhada de casa-escola e
escola-casa. No meu caso como a distância era ainda significativa percebi a
decisão tomada por eles. O piolho ficou então na minha segunda opção. Sendo
católicos, esta segunda escola que segue o regime católico, foi uma boa opção. Depois
são enviadas cartas com dados necessários à integração da criança na nova
escola. Na escola onde o meu filho foi colocado, os próprios professores fazem uma visita a casa dos alunos
para conhecerem os pais, os alunos, o local e o ambiente onde vivem. Falam com
toda a família para obterem a máxima informação e fica tudo registado.
Antes do começo do ano lectivo, a única preocupação é
comprar a farda e o calçado específicos de cada escola para o ano todo, tudo o
resto é suportado pelas escolas, muitas com Fundações a apoia-las. Horas extra
curriculares são por conta dos pais, assim como todos os serviços
inerentes às crianças, que citarei em seguida, são os olhos da cara! Falo
nisso porque, sendo emigrante e trabalhadora e sem familiares a viverem por
perto, vejo muita dificuldade em ter ajuda complementar em relação ao ir buscar
o piolho à escola por exemplo. As escolas no Reino Unido terminam cedo, muitas delas pelas
3 horas da tarde, no meu caso é-me difícil conciliar o meu horário de
trabalho com a hora de saída do meu filho. A única maneira possível é contar
com a disponibilidade dos amigos próximos e do pai, quando este pode ir
busca-lo. Mas sei que existe casos em que se pode solicitar ajuda ao
governo através do site deles. Basta ir a https://www.gov.uk/help-with-childcare-costs
e aí vem discriminado quem pode pedir ajuda e explicam a melhor forma de fazer
o seu pedido/claim.
Depois é aguardar ansiosamente pelo começo do ano lectivo e
pela adaptação da criança a um novo mundo. O mundo da “escola dos grande”, como diz o meu filho!
Links úteis: http://www.admin.cam.ac.uk/univ/childcare/student/nonuniv2.html
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