quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Comprar carro Vs Trazer o carro de Portugal


Na minha primeira entrevista, depois de chegar a terras de sua Majestade, um dos requisitos que a empresa solicitava era ter carro próprio porque o trabalho como Support worker era ao domicílio (andar de casa em casa). A entrevista até correu bem não fosse ter ouvido “quando tiver carro venha cá outra vez”. Tendo em conta esta situação, deparei-me com a realidade que muitas empresas na mesma área exigem carro próprio.  
Emerge a questão: Comprar carro ou mota cá ou trazer o nosso veículo de Portugal? 

Descartada estava a hipótese de comprar carro cá. Após alguma pesquisa, constatei que os seguros são elevados e ainda acresce a Road Tax, que é semelhante ao nosso Imposto Único de Circulação (fonte: http://codigopostalinternacional.blogspot.co.uk/2013/06/comprar-carro-no-reino-unido.html). Para quem, como eu, está no início, não há possibilidade de suportar tais custos.
Pensei em adquirir uma mota, era económica, e suficiente para mim, mas em conversa com o meu marido, ele disse-me: “ Vais ficar doente porque vais apanhar muito frio!”
Resumindo... a solução era mesmo trazer o nosso carro até cá. Mas quem? Como?
Surgiu então uma transportadora que tinha um lugar disponível por 500€ e prontificou a trazer o meu carro para cá. A entrega foi rápida e fiquei francamente satisfeita com o serviço, pelo que recomendo.
O custo de trazer o carro de Portugal para Inglaterra acabou por se verificar muito mais em conta do que comprar um carro para as necessidades de um inicio de vida, até mesmo do que do que o que me custaria ir pessoalmente buscá-lo.

No que diz respeito à adaptação à condução na Inglaterra, a minha experiência tem sido positiva.
Andar no sentido oposto a que estava habituada não me fez muita confusão, mas confesso que o que me inquietou um pouco foi conduzir nas rotundas. A primeira vez que fiz uma rotunda pela esquerda esqueci-me de olhar para o lado direito, felizmente que naquele momento não passava nenhum outro veículo. 
O truque para não entrarmos no lado errado da via é pensar sempre que o condutor tem de andar sempre do lado do passeio (visto ter o volante do lado esquerdo). É tudo uma questão de mentalização! As estradas estão, na minha opinião, muito bem sinalizadas, encontramos sempre uma seta a indicar o sentido e isso facilita imenso.
Como é natural conduzo sempre com muita precaução, ainda não adquiri a confiança que tinha quando conduzia em Portugal, mas não tenho medo de conduzir cá. E aos poucos, e com tempo, sei que irei progredir ainda mais.
Os condutores ingleses são mais pacientes e tolerantes, por exemplo, quando vêem um camião cedem-lhe passagem inclusivé até mesmo no caso de cruzamento de veiculos em vias apertadas é tudo feito civilizadamente e sem grandes pressas.