Quando mudamos para
outro país, pensamos que a adaptação será minimamente fácil,
tentamos ver tudo de uma maneira positiva, mas muitas vezes as coisas
não são como queremos, ficamos confusos e até pensamos em
desistir.
A minha chegada ao Reino Unido foi super empolgante e
enervante ao mesmo tempo. Uns meses antes de vir definitivamente para este país
comecei a ler e a fazer pesquisas em diversos campos e com a ajuda de pessoas
amigas, que já cá viviam a algum tempo, familiarizei-me rapidamente com algumas
coisas. Por isso a minha adaptação não foi muito dolorosa.
A língua sim, foi o meu primeiro obstáculo. O inglês falado
pelos britânicos não soava bem aos meus ouvido. Fiquei confusa, mas nada
apavorada, porque Inglês, pensei eu, sei falar e vou sair-me bem. Mas não foi
bem assim. Percebi isso, numa ida a um supermercado quando precisei de ajuda na
compra de um produto e dirigi-me a um empregado. A expressão facial do “jovem”
disse tudo, “Amiga não te percebo!”. Fiquei para morrer, porque não sabia se o
problema era meu ou do rapaz que possivelmente estaria com um problema de
audição. Ele levou um tempinho a responder e quando o fez fui eu quem ficou com
cara de parva a tentar decifrar que raio tinha ele me respondido. Nessa altura
fiz uma pergunta a mim mesma, ou o meu nível de Inglês estaria bem baixo ou,
como depois vim a perceber, o inglês falado pelos britânicos era bem diferente
do inglês que eu estava habituada a ouvir nos filmes e com o qual estava muito
mais familiarizada, o inglês da América.
Depois desse episódio, disse a mim mesma, vais estudar o inglês do Reino Unido porque com o teu inglês “americanizado” não te safas.
Conclusão, acabei por me inscrever numa escola (Gravesend
Adult Education Centre) para adultos, bem perto da minha área de residência,
onde estudei por dois anos e meio. Comecei por fazer um pré-teste para o ESOL
(Skills for Life – Entry Levels 1, 2 e 3), onde qualificaram o meu inglês em
cada uma das habilidades, falar e ouvir, ler e escrever. E fiquei surpresa com
o resultado, afinal não estava assim tão mal como eu pensara. Fiquei inserida
num grupo com o inglês no nível Entry 3 (inglês médio). Depois de meses a fazer o Entry 3 e de ter
passado nos exames foi-me dado o diploma de fim de curso. No ano a seguir fiz o
Level 1 (nível a seguir ao Entry 3), também este curso com a mesma politica de
avaliação das habilidades e o qual concluí com sucesso. No ano seguinte fiz
parte do Level 2 (ler e escrever) também concluído e com diploma. Gostei muito
desta experiência não só por ter aperfeiçoado o meu inglês mas porque também
acabei por fazer novas amizades de diferentes nacionalidades, com quem ainda
hoje mantenho contacto.
Há quase 3 anos a viver no Reino Unido, continuo todos os
dias a aprender palavras novas, expressões e tento sempre aperfeiçoar a minha
pronúncia.
Nunca serei uma “British” pura a falar mas pelo menos posso
dizer que vou tentando!
Sites: www.kentadulteducation.co.uk
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