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domingo, 15 de dezembro de 2013

Receita de Natal: Rabanadas

 Background photo | Foto de fundo: Recipe Tin Eats
 
Nem acredito que estamos com o Natal à porta... até parece que foi ontem que saudava o novo ano e agora já ele está no fim e cá em casa já somos mais um.

Desde que eu me conheço por gente que há rabanadas à mesa pela altura do Natal. Quando era pequena eram iguarias feitas pelas mãos da minha avó. Quando o Natal passou a ser comemorado em casa dos pais, as rabanadas saíam da pastelaria do bairro. Agora, aqui, longe de Portugal, do calor familiar e do cheiro a canela, açucar e fritos, as rabanadas passaram a sair da nossa cozinha. Porquê? Porque as da pastelaria não são a mesma coisa, porque é bom sentir o cheiro do açucar e da canela a invadir a casa anunciando a quadra festiva e porque é bom pensar no prazer que a minha avó tinha quando passava o dia 24 na cozinha a preparar isto e aquilo para a chegada da filha, genro e neto (porque a neta [eu] já lá estava a ajudar ou desajudar...), porque no fundo é esse prazer que sinto com uma tarde de trabalho que culmina numa noite aconchegante, mesmo que apenas entre marido e filhas, nada substitui o matar saudades desta doce iguaria tão portuguesa e tão Natalicia que começa logo com a sua confecção.

A receita que deixo aqui é a que faço há 2 anos para cá. Não é dificil de fazer mas requer algum tempo pois é um processo que tem de ser levado do inicio ao fim sem interrupções, mas vale a pena!


Rabanadas

Ingredientes:
leite q.b.
1 pão de forma
5 a 6 ovos
açucar a gosto
casca de meio limão
2 paus de canela
óleo para fritar
açucar e canela em pó q.b.

Preparação:
Normalmente faço as rabanadas um pouco a olho por isso não consigo dizer exactamente as quantidades certas que serão necessárias mas, como o processo é simples, não há muito que enganar.
Deitar num tacho o leite, eu uso cerca de 500ml para que as fatias fiquem bem molhadinhas e por vezes ainda chego a acrescentar mais, a casca de limão, os paus de canela e o açucar, aqui terás de provar à medida que juntas o açucar de forma a obteres o suficiente para conseguir uma mistura doce ao teu gosto. Levar ao lume até levantar fervura. Tirar do lume, retirar os paus de canelas e casca do limão, e deixar arrefecer.
Entretanto corta-se o pão de forma em fatias de aproximadamente um dedo de espessura.
Num recepiente bater os ovos com um garfo e reservar. Noutro recepiente preparar uma mistura de açucar e canela em pó.
Pôr um pouco de óleo a aquecer e quando este estiver quente passar a fatia de pão primeiramente pelo leite, depois pelos ovos batidos e levar a fritar dos dois lados.
Deixar a escorrer em papel absorvente e passar pela mistura de açucar e canela.
Repetir o processo para todas as fatias de pão.

Quando acabar verá que a casa cheira mesmo a Natal!
Bom apetite e Feliz Natal!

domingo, 17 de novembro de 2013

Matar Saudades: Tarte de Pastel de Nata

Já passaram umas semanas de quando fiz esta tarde pela primeira vez.
Esperava receber alguns amigos portugueses em casa. Um casal que havia emigrado para estas paragens fazia cerca de um mês na altura.
Desde que eu própria emigrei que comecei a dar um valor diferente ao pasteis de nata, valor que não dava quando vivia em Portugal. O certo é que esta iguaria é a mais famosa da doçaria portuguesa por estas bandas e são muitas as culturas e nacionalidades que já a conhecem das confeitarias e restaurantes portugueses que a fazem questão de divulgar. Um doce que não falta em nenhum café português por terras de sua majestade.

Pois eu, sendo daquelas pessoas que adora fazer doces, talvez pelo principal motivo de que os adoro comer,  procuro como requisito essencial, além do paladar, receitas práticas e simples. Daí, nunca me dispus a fazer pasteis de nata pela trabalheira que é forrar as forminhas com massa folhada. Quando encontrei a receita da tarte de pastel de nata pensei: um pastel de nata gigante é uma excelente forma de não forrar forminhas e reduzir o tempo de execução para menos de um terço.
E foi assim que conquistei os meus convidados que mataram saudades do pastel de nata e, é assim que, eu própria, tenho matado saudades do mesmo sempre que não tenho oportunidade de me deslocar a um café português.


Tarte de Pastel de Nata

Ingredientes:
1 embalagem de massa folhada
60gr de farinha Maizena
500ml leite
150ml água
2 cascas de limão
1 pau de canela
6 gemas de ovo
300gr açucar

Preparação:
Forrar uma tarteira com a massa folhada e picar o fundo com um garfo.
Dissolver a farinha num pouco de leite e reservar o restante.
Num tacho, deitar a água, o açucar, as cascas de limão e o pau de canela e deixar ferver cerca de 3 minutos.
Juntar a farinha Maizena previamente dissolvida no leite e o restante leite, misturar bem. Deixar em lume brando até engrossar.
Retirar do lume e deixar arrefecer um pouco.
Numa tigela à parte, bater as gemas e verter sobre o preparado anterior mexendo energicamente até ficar tudo bem ligado.
Colocar na tarteira e levar ao forno, pré-aquecido a 180º, até aloirar.

Prontinho para matar saudades polvilhado, ou não, com canela.
Bom apetite!

domingo, 14 de julho de 2013

Matar Saudades: Um feliz aniversário!

Ontem foi dia de festa. O filhote da Ana fez 5 anos, está a ficar crescido o Piolho! 
Não há ocasião melhor para reunir os amigos e os paladares portugueses do que uma festança!
Eu não podia deixar de contribuir para a festinha da minha querida amiga e seu filho fofo. Assim, ontem foi dia de ligar o forno, independentemente dos mais de 25º que faziam lá fora.

A receita das Queijadinhas de Leite veio parar-me às mãos através da Susana, uma amiga que muito estimo e que também se encontra emigrada em Inglaterra há já alguns anos. Desde que esta receita entrou na nossa casa não mais saiu e faz parte do meu livrinho de receitas seleccionadas a dedo.
É frequente estas meninas serem desejadas por amigos em diversas ocasiões e em todas elas têm feito o seu sucesso. É um cheirinho de Portugal que conquista o paladar de quem as prova.

Sempre fui fã de queijadinhas dos mais variados sabores e feitios.
Nos meus últimos meses em Portugal, fazia eu um part-time num café/restaurante de uma amiga, e esta era, talvez uma das poucas, guloseimas que me faziam quebrar a dieta. Por isso, quando vim para Inglaterra, e ao fim de mais de 2 anos de abstinência forçada de queijadinhas, podem imaginar a minha felicidade quando este doce entrou na nossa casa para ficar. E é tão bom matar saudades delas quando bem me apetece...

Mas aqui fica a receita das, já famosas por terras de Kent, Queijadinhas de Leite. 


Queijadinhas de Leite

Ingredientes:
5 dl de leite
4 ovos
350 gr de açúcar
100 gr de farinha
30 gr de manteiga
raspa de limão

Preparação:
Levar ao lume o leite com a manteiga até derreter.
À parte misturar o açúcar com a farinha e juntar os ovos um a um batendo entre cada adição.
Juntar o leite em fio depois de arrefecer um pouco para evitar cozer os ovos
Juntar a raspa de limão e deixar repousar 15/20 minutos.
Entretanto untar e polvilhar as forminhas. 
Colocar a massa nas forminhas, não encher muito porque as queijadas sobem um pouco e depois voltam a descer, e levar ao forno previamente aquecido a 200ºC.

Deliciem-se...

domingo, 7 de julho de 2013

Matar Saudades: No meu livro de receitas de Inverno

Pois ser gulosa é um defeito ou feitio de família. Sim, gosto de doces de todos os tamanhos e feitios. Se bem que com o tempo tenho me tornado cada vez mais exigente e por isso gosto também de os fazer e só os faço e repito se realmente me satisfizerem as exigências exigentes do paladar. 
Assim, pouco ligo e nem perco grande tempo a fazer bolos secos, a menos que sejam biscoitos para saboriar com o chá das cinco ou com o café pós almoço. Faço essencialmente receitas simples mas deliciosas.
No Inverno não há fim-de-semana que não ligue o forno para adocicar a vida e aquecer a casa. No Verão perco mais tempo com receitas de frigorífico, carregadas de natas e muitas calorias... ainda não inventaram natas com 0% de gordura.

Ultimamente tenho andado bastante preguiçosa em relação à minha cozinha. Talvez por estar grávida e não poder comer tudo o que a boca pede ou simplesmente porque as pernas pesam mais do que o costume. Porém, nada me impede de continuar a coleccionar receitas para o próximo Inverno onde, já desinchada, tenciono voltar a aquecer a casa e adoçar a vida mais um pouquinho. 

A receita que trago hoje ao CPI lembra os sabores de Portugal. Lembra a enorme variedade de queijos deliciosos que temos e que é uma pena não se encontrarem nos supermercados Ingleses ao lado dos Franceses ou Italianos que muito ficam a dever aos nossos. 




Queijadas da Madeira

Ingredientes:
Para a massa: 
250 g de farinha de trigo;
250 g de manteiga;
2 colheres de sopa rasas de açúcar;

Para o recheio:
500 g de requeijão;
500 g de açúcar;
12 gemas de ovos;
2 claras

Confecção:

Peneira-se a farinha com o açúcar, junta-se a manteiga e amassa-se esta mistura de maneira a obter uma massa bem ligada. Se necessário juntam-se umas gotas de água, mas aconselhamos que não o faça. Deixa-se a massa descansar durante 4 ou 5 horas.

Entretanto, passa-se o requeijão por uma peneira fina; adiciona-se o açúcar e mexe-se bem. Em seguida juntam-se as gemas uma a uma, mexendo bem entre cada adição, e finalmente as claras. Bate-se tudo até o preparado ficar bem homogéneo.

Passado o tempo de repouso, estende-se a massa muito fina e corta-se aos quadrados. No centro de cada quadrado coloca-se uma colher do recheio preparado. Dobram-se as pontas da massa sobre o recheio, de modo a ficar visível o centro.
Coloca-se cada queijada sobre um quadrado de papel manteiga, que por sua vez se coloca sobre um tabuleiro. Levam-se as queijadas a cozer em forno bem quente. À saída do forno unta-se a massa com manteiga.

Deliciem-se...

domingo, 30 de junho de 2013

Matar Saudades: Uma doce tarde!

Ontem a tardinha, deu-me  vontade de fazer um doce português, tinha à mão uma receita que ainda não exprimentara. Verifiquei na despensa todos os ingredientes e coloquei mãos à obra. Muito bom de se fazer e de comer então nem vos conto! Verdade seja dita, já não há sobras.
Aqui fica a receita para que também possam experimentar e matar saudades.


Quindim de Côco

Ingredientes:
200g de côco ralado
500g de açúcar
100g de manteiga
2 colheres de sopa de leite
9 gemas de ovo
3 ovos inteiros

Preparação:
Começa-se por derreter a manteiga. Junta-se os ovos ao açúcar mexendo com uma colher de pau.
Adiciona-se o côco (deixando um bocadinho de parte para decorar no final) a manteiga derretida e o leite. Continua-se a mexer com colher de pau.
Por fim, unta-se a forma (de tarte) com manteiga e coloca-se a massa. Depois é só levar ao forno, em banho maria, cerca de 30min., a 180ºC. Depois de cozido, retira-se do forno, desenforma-se e espalha-se o côco ralado por cima.

Convém ir ao frio antes de servir. Deliciem-se.

Sabiam que o cocô é originário da Índia. Os portugueses trouxeram o coqueiro para terras de África e depois para o Brasil.

Eu adoro doçaria, por isso, sintam-se à vontade para partilharem também as vossas receitas. Serão sempre bem-vindas.



domingo, 23 de junho de 2013

Matar Saudades: Farturas

Em altura de Santos Populares, com festas a decorrer em cada canto do nosso Portugal, lembramo-nos dos arraiais, das sardinhadas, do caldo verde, das feirinhas e... das farturas acabadinhas de sair do óleo polvilhadas com "toneladas" de açucar e canela. Este delicioso doce, que só comemos normalmente nestas ocasiões de alegria popular, trazem saudade quando, a kilometros de distância, nem sentimos o enjoativo cheiro do óleo queimado.
Hoje trazemo-las aqui ao CPI para que, num dia destes, talvez mesmo hoje em noite de S. João ou talvez comemorando o S. Pedro, vos permitam encortar a distância ao nosso país.


Farturas

Ingredientes:
1 colher (chá) de bicarbonato de soda
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
500 g de farinha
7 dl de água quente
açúcar e canela p/ polvilhar

Preparação:
Leve a água ao lume com uma pitada de sal. Assim que levantar fervura, retire e reserve.
À parte, misture a farinha com o fermento e o bicarbonato. Depois vá adicionando a água quente (não a ferver), em fio, na farinha, mexendo com a colher de pau ou com a mão (a massa deve ficar leve e fina).
Deixe a massa em repouso, tapada, durante meia hora.
Com a ajuda de uma colher molhada em água, encha o saco de pasteleiro com a boquilha frisada e esprema a massa das farturas em óleo bem quente, a partir do centro da frigideira, em espiral.
Vá deslocando as farturas com o apoio de dois garfos, virando-as para que fritem por igual de ambos os lados.
Quando estiverem lourinhas, retire as farturas e ponha-as a escorrer sobre papel absorvente.
Depois de escorridas, corte pedaços com uma tesoura e passe-as por açúcar e canela.

Dicas úteis:
Ao fazer a massa, se achar que ficou rija, adicione mais um pouco de água quente.
Se, ao fritar as farturas, elas alourarem muito depressa, reduza a intensidade do lume.  

Fonte: www.docesregionais.com